domingo, 1 de junho de 2014

"Quero ajudar o PT a voltar ao seu leito natural", afirma Lula

ENTREVISTA EXCLUSIVA DE LULA À CARTA CAPITAL
Além da afirmação do Lula , constante na manchete do  blog Viomundo ao reproduzir a íntegra da entrevista, acrescentamos estas duas:
  • "Quero ajudar o PT a voltar ao seu leito natural. Se tem uma coisa que o PT tem de se notabilizar é voltar à sua tradição política."
  • "A gente não pode permitir que meia dúzia de pessoas deformem esse partido, ele é muito grande."
Carta Capital - 02/06/2014 (via Viomundo)
Lula: A mídia lambia as botas da ditadura, deu apoio a FHC e contra o meu governo e o de Dilma
http://www.viomundo.com.br/politica/lula-5.html

ESPERTO, JOAQUIM BARBOSA "PUXA O CARRO" PARA NÃO TESTEMUNHAR SUA DERROTA NO SUPREMO
Folha - 01/06/2014 -
Afirmações inválidas - por Janio de Freitas

Se o link não abrir, leia a íntegra abaixo.

Afirmações inválidas - por Janio de Freitas

01/06/2014 02h00
Nem o motivo, nem a ocasião apontados para a repentina renúncia de Joaquim Barbosa merecem crédito.
Disse ele que se decidiu por deixar o Supremo Tribunal Federal "naqueles 22 dias que tirei em janeiro, estive na Grã-Bretanha e na França, aquilo foi decisivo para minha decisão". Como respondia a perguntas sobre o motivo de comunicar a renúncia naquele dia, subentende-se que a ocasião estava escolhida desde janeiro.
Ainda que citar a decisão europeia não incluísse a data, a incongruência permaneceria. Em entrevista de estreia do jornalista Roberto D'Ávila na Globonews no fim de março, Joaquim Barbosa admitiu que deixaria o Supremo mas não por ora, com Roberto logo explicitando que isso significava ficar até o fim do mandato de presidente, "até novembro?". E o entrevistado foi sucinto e definido: "Sim".
Janeiro e novembro foram afirmações inválidas. A citação de novembro, em março, invalidou a de janeiro, e a renúncia em maio invalidou as duas. Algum motivo dos últimos dias, ou no máximo semanas, levou Joaquim Babosa a precipitar suas visitas à presidente da República e aos presidentes do Senado e da Câmara, ainda manhã da última quinta, para informá-los da renúncia. À tarde comunicada ao plenário do Supremo.
Coincidência ou não, na véspera o advogado José Luis Oliveira Lima encaminhou ao presidente do Supremo o pedido de habeas corpus para seu cliente José Dirceu. De quem o leu, por certo com objetividade, posso transmitir a opinião de que o considerou muito bem feito, como argumentação jurídica e no caso específico, requerido também o seu julgamento pelo plenário.
A tese e as cassações de direito ao trabalho externo, lançadas recentemente por Joaquim Barbosa, já lhe prenunciavam uma sucessão de derrotas no tribunal. O novo habeas corpus tem que ser julgado em futuro próximo. Com a renúncia, já neste julgamento Joaquim Barbosa estará em condições de dizer que, pendente o seu afastamento apenas de formalidades burocráticas, não participará da discussão e da decisão. E pode sair do plenário sem o testemunho da derrota.
Além de comprovadas provocações, Joaquim Barbosa pode ter sofrido ameaças. Não as citou, porém, cabendo a jornalistas invocá-las, sem oferecer fundamentação factual, como causa de precipitação da renúncia.
A serem mesmo o motivo, a renúncia seria uma fuga. E um exemplo desonroso saído do próprio cume do Poder Judiciário para os bravos e dignos procuradores, promotores e juízes, mulheres e homens, que processam e a cada dia condenam criminosos perigosíssimos, porque assim é o dever que assumiram. Os seus condenados não se chamam Dirceu e Kátia, Valdemar e Genoino. Chamam-se Fernandinho Beira-Mar, Nem, Marcola.
Mas fugir de ameaça e ficar por aí nada mudaria. Convenhamos que ameaças seriam um bom pretexto para morar no exterior, por exemplo no apartamento comprado em Miami. O repouso de quem personificou no Supremo o populismo autoritário. Ou, melhor no seu caso, o autoritarismo populista.
MUITO À VONTADE
Eduardo Campos, na terça 27, depois de reunião em São Paulo com dirigentes do setor farmacêutico: "Acho que a Lei da Anistia foi para todos os lados. O importante agora não é ter uma visão de revanche". "A anistia (...) foi ampla, geral e irrestrita" –(repórter Sérgio Roxo, "O Globo", não contestado).
Eduardo Campos, na Folha da sexta 30, a propósito do meu artigo "Muito à vontade": "Defendo que a Justiça avalie e decida soberanamente (...) cada caso relativo a crimes cometidos no período coberto pela Anistia". "Essa sempre foi minha opinião".
Eduardo Campos termina por dizer que não nos conhecemos e o "procure antes" (antes, parece, de escrever sobre ele). Se houver o caso de informação que dependa da sua confirmação, tentarei fazê-lo, sim. Quando Eduardo Campos fizer afirmações públicas, vou comentá-las sob minha individida responsabilidade, e deixando-o muito à vontade para reiterar-se ou, a seu gosto, desdizer-se.

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