terça-feira, 7 de outubro de 2014

07/10/14 - Desplugado dos movimentos sociais, PT não disse a que veio em SP nesta eleição, afirma jornalista

TRIBUNA LIVRE SOBRE DERROTA DO PT EM SP

Muitas fatos, associados ou não, contribuíram para explicar a derrota do PT em SP. Alguns deles, constam dos artigos abaixo

PT NÃO DISSE A QUE VEIO EM SP. PIOR FOI TER-SE DESPLUGADO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS, AFIRMA LAURA CAPRIGLIONE
Blog da Laura Capriglione - 06/10/2014
A necessária renovação do PT e o vexame no Estado de São Paulo
O PT não disse a que veio. Mas o pior foi ter-se desplugado dos movimentos sociais. O PT de São Paulo, que sempre se aliou aos movimentos sociais, passou a ter medo deles… Por que é que até agora não foi usada a cláusula do Estatuto das Cidades que permite taxar até a quase expropriação os imóveis vazios por anos?
E o PT sem os movimentos sociais é como avião sem asa, Piu-piu sem Frajola, Romeu sem Julieta, Claudinho sem Buchecha.
Quem errou foi o PT vacilão paulista.
Que, durante os últimos quatro anos, deixou o tucano Alckmin mais do que à vontade, mesmo sendo o governo dele um desastre completo. Veja a Suíça revelando as contas secretas dos operadores do escândalo do metrô; a Cetesb (estatal do próprio governo paulista) mostrando que a USP Leste foi implantada sobre um lixão tóxico; o Estado perdendo a guerra com o crime; as universidades estaduais falidas (o reitor imposto por Serra conseguiu o impossível: destruir a economia milionária da maior universidade paulista); as torneiras secas…
E cadê os deputados estaduais do PT para denunciar tantas mazelas e apresentar alternativas? Na maior parte dos casos, serviram apenas para reclamar que a base de apoio de Alckmin não deixa instalar nenhuma CPI. Queriam o quê?

PT É RESPONSÁVEL PELO QUE DEIXOU DE FAZER PELA CANDIDATURA DE PADILHA, AFIRMA CIENTISTA POLÍTICA
RBA - 05/10/2014
‘Estou desolada com São Paulo e preocupada com o Brasil’, diz historiadora
Para Maria Victória Benevides, êxito de um governo ruim como o do PSDB em São Paulo ainda é fenômeno a ser explicado

EM VEZ DE UMA OPOSIÇÃO CONCILIADORA, LULA QUER UMA OPOSIÇÃO MAIS ATUANTE
Folha - 
Lula responsabiliza PT por provável derrota de Padilha
Principal cabo eleitoral do PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva responsabilizou indiretamente o partido pelas dificuldades enfrentadas por seu afilhado político, Alexandre Padilha, na corrida pelo Palácio dos Bandeirantes.
Após comandar um desfile em carro aberto ao lado de Padilha e provocar tumulto ao desembarcar para caminhar pelas ruas de São Bernardo do Campo, o ex-presidente cobrou que o PT volte às ruas e faça uma oposição mais atuante ao governador Geraldo Alckmin (PSDB), que busca a reeleição

Estado de Minas / Agência Estado - 06/10/2014
Derrota histórica em São Paulo põe petistas no divã
Brasília - O pífio desempenho da presidente Dilma Rousseff em São Paulo e a acachapante derrota petista no maior colégio eleitoral do País fizeram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrar a correção de rumo no partido e puseram o PT no divã, procurando culpados pela sangria dos votos. Para Lula, o PT virou um partido "de gabinete" e "burocratizado", que precisa sair da defensiva se quiser vencer a eleição.
Em São Paulo, berço do PT e reduto político do PSDB, Dilma foi "atropelada" por Aécio Neves (PSDB), que ficou com 44,2% dos votos válidos enquanto ela obteve 25,8%. Padilha, por sua vez, teve o pior desempenho de um candidato do partido ao Palácio dos Bandeirantes desde 1994. Para completar, o senador Eduardo Suplicy (SP) sofreu um revés e, das 18 cadeiras perdidas pelo PT na Câmara dos Deputados, 8 são de São Paulo

CAIU A FICHA DE LULA?
Carta Maior

Publicações alertavam que a campanha do Padilha e do PT em SP não poderia ser uma  "novelinha" água com açúcar, como, de fato, foi:

EDUARDO GUIMARÃES APONTOU QUE PADILHA E SKAF ERAM MEROS GENÉRICOS DO CHUCHU (APELIDO DE ALCKMIN)
Blog da Cidadania - 07/06/2014
Alckmin, o suicídio da esquerda, a blindagem da mídia e os genéricos de chuchu - por Eduardo Guimarães
Curiosamente, na última quarta-feira participei de reunião de ativistas digitais e blogueiros de esquerda na qual disse que Geraldo Alckmin se fortalecera muito com as “jornadas de junho” e com os protestos contra a Copa. E que a blindagem da mídia e a postura dos que concorrerão com o tucano à sucessão estadual ajudaram a fortalecê-lo.
Para se viabilizar no próprio PT – e não somente entre as lideranças do partido –, Padilha terá que mudar completamente de postura e de discurso.
Com um discurso e uma postura (aparentemente) muito parecidos com o dos tucanos, o pré-candidato do PT pode ter dificuldades inclusive no próprio PT e entre os movimentos sociais e sindicais que historicamente apoiam o partido.
Tanto Padilha quanto Skaf aparentam ser meros genéricos de chuchu, apesar de que, falando no candidato petista, eu saiba que, administrativamente, ele seria diametralmente diferente de Alckmin. Mas não basta Padilha ser o bom político e o grande administrador que é. Disputando a mesma faixa do eleitorado que Alckmin, ficará difícil.
Recentemente, Padilha foi entrevistado no programa Contraponto (produção mensal do sindicato dos bancários de São Paulo). Os entrevistadores foram Paulo Henrique Amorim (Conversa Afiada), Paulo Salvador e Diego Sartorato (Rede Brasil Atual), Altamiro Borges (Barão de Itararé), Eduardo Guimarães (Blog da Cidadania) e Renato Rovai (Revista Fórum).
Minha participação no programa começa aos 48 minutos e 52 segundos (48:52). Nas intervenções que fiz, insisti seguidamente com o pré-candidato do PT ao governo paulista sobre se ele pretendia denunciar a blindagem da mídia a Alckmin e os ataques dessa mídia à sua candidatura, mas ficou claro que ele não pretende atuar nessa linha

SEM RADICALIZAÇÃO E APENAS COM "DISCURSO SOCIAL" DEMONIZANDO A CLASSE MÉDIA, NÃO SE GANHA ELEIÇÕES EM SP
Escrevinhador - 15/07/2014
Só com radicalização Padilha terá chances em SP - por Linconl Secco
Para romper a longa hegemonia tucana, o PT teria que mostrar à classe média o que pode fazer por ela e, simultaneamente descobrir como contrapô-la não aos de baixo, mas sim aos muito ricos. O que exigiria (pasme!) radicalização programática. Só assim resolve-se a nossa  questão meridional, em que o petismo se reforça no Nordeste, mas perde definitivamente São Paulo e Minas, onde a “sociedade civil é mais complexa”. Trata-se dos Estados mais populosos, industrializados e com uma classe média muito numerosa.
Como disse o petista Eduardo Bellandi, só um partido que não queira governar “para todos” (ou seja, também para as grandes fortunas) pode melhorar “a educação, saúde, moradia e transporte de uso popular, aproximando a classe trabalhadora da classe média, para o bem dela ( muito embora ela assim não o reconheça). Isso permitiria a eliminação da dupla tributação ocasionada pelo pagamento de serviços privados”.
Continuar apenas com o “discurso social” demonizando a classe média pode servir para confortar a própria esquerda, mas não ganha eleições em São Paulo

Processo de luta contra aumento de tarifas em junho de 2013: Avaliação coletiva feita no encontro entre blogueiros e MPL apontou que Haddad foi o grande perdedor

REFLEXO DAS MOBILIZAÇÕES DE JUNHO DE 2013 DE SP NAS ELEIÇÕES
Viomundo - 19/06/2013
Durante entrevista a blogueiros, integrantes do MPL celebram a vitória, falam em infiltrados e expõem próximos passos- por Luiz Carlos Azenha
Numa avaliação coletiva, os blogueiros presentes concordaram que o prefeito Fernando Haddad foi o grande perdedor no processo — poderia, por exemplo, ter anunciado sua disposição de reduzir as tarifas depois de ouvir opiniões do Conselho da Cidade, que praticamente endossou a pauta do MPL.
A luta pela tarifa zero terá prosseguimento.
A próxima mobilização talvez tenha relação com a PEC 90, de autoria da deputada Luiza Erundina (PSB-SP), que torna o transporte um direito social.
Além disso, trabalhando com o vereador petista Nabil Bonduki, o MPL pode tentar aprovar o passe livre na Câmara Municipal de São Paulo


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