segunda-feira, 4 de abril de 2016

04/04/16 - Merendão: empresas de fachada apontam para um suposto esquema mais amplo de corrupção

REVELAÇÃO DA EXISTÊNCIA DE MAIS DE 20 EMPRESAS DE FACHADA DA FAMÍLIA DO PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DE SP, DEPUTADO ESTADUAL FERNANDO CAPEZ (PSDB-SP), APONTA PARA UM SUPOSTO ESQUEMA DE LAVAGEM DE DINHEIRO, ORIUNDO DE FRAUDES NO GOVERNO ALCKMIN, QUE PODE IR MUITO ALÉM DO MERENDÃO

MÁRCIO ELIAS ROSA, PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DE SP (PGJ-SP) , SOLICITOU AO TRIBUNAL DE JUSTIÇA, E A CORTE ANUIU, QUE INVESTIGADOS SEM FORO PRIVILEGIADO, LIGADOS AOS EX-SECRETÁRIOS DO GOVERNADOR GERALDO ALCKMIN E AO DEPUTADO FERANDO CAPEZ (PSDB-SP), SEJAM INVESTIGADOS EM 2ª INSTÂNCIA.
ESTA DECISÃO CONTRARIA A PRÓPRIA JURISPRUDÊNCIA DO STF NO CASO DA OPERAÇÃO LAVA JATO, AFIRMA O JORNALISTA HENRIQUE BEIRANGÊ

Carta Capital - 01/04/2016
As empresas da família de Capez - por Henrique Beirangê
Cunhado e concunhada abriram mais de 20 companhias nos últimos anos.
Um dos principais alvos da investigação sobre a máfia da merenda no estado de São Paulo, o tucano Fernando Capez, presidente da Assembleia Legislativa, terá de lidar com o fato de que parentes próximos entraram na mira do Ministério Público.
Os investigadores querem entender como dois parentes do deputado abriram mais de duas dezenas de empresas nos últimos anos. São companhias nas mais diversas áreas como, telefonia, pedras preciosas, vestuário, turismo e agência autônoma de investimentos. A maioria dessas empresas foi registrada nos mesmos endereços. Parte não existe mais e uma outra ainda funciona a todo vapor.
O advogado Rogério Auad Palermo é cunhado do parlamentar e irmão da promotora de Justiça Valéria Palermo Capez, atualmente assessora do procurador-Geral de Justiça paulista, Márcio Elias Rosa. 
O chefe do MP é o responsável pela investigação que apura o envolvimento do deputado no esquema. Não bastasse a suspeição incitada pela situação, outras decisões da instância superior do MP causam estranheza.
Rosa solicitou ao Tribunal de Justiça, e a corte anuiu, que investigados sem foro privilegiado ligados aos ex-secretários do governador Geraldo Alckmin sejam investigados em segunda instância. A decisão contraria a própria jurisprudência do Supremo Tribunal Federal no caso da Operação Lava Jato.
Rosa solicitou ao Tribunal de Justiça, e a corte anuiu, que investigados sem foro privilegiado ligados aos ex-secretários do governador Geraldo Alckmin sejam investigados em segunda instância. A decisão contraria a própria jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) no caso da Operação Lava Jato.
Ainda sobre a abertura de empresas, outra linha de investigação a orientar o MP paulista desde o início da operação contra a máfia da merenda  é a facilidade na abertura de companhias e a falta de fiscalização.
Em um das interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça, o ex-chefe de gabinete da Casa Civil do governo Alckmin Luiz Roberto dos Santos, o “Moita”, conversa com Marcel Júlio, principal elo entre a quadrilha e os políticos tucanos no esquema da merenda. Eles tratam de facilidades que teriam para abrir empresas na Junta Comercial mediante pagamento de propina.
A Junta tem se transformado nos últimos anos em um espaço de aparelhamento político do PSDB. Entre 2015 e março deste ano subiu de 159 para 181 o número de funcionários em cargos de comissão, indicados por políticos.
Talvez não seja por acaso que empresas em nomes de investigados na máfia da merenda vicejam. Jeter Rodrigues, ex-assessor de Capez e  morador de uma casa simples na zona norte de São Paulo é dono de uma construtora, a Empreiteira Freitas Ltda.
Outro dono de empresa é Fernando Padula, ex-chefe de gabinete na Secretaria de Educação. Em seu nome está registrado uma lanchonete na capital paulista. O mais curioso é o quadro societário. Os sócios de Padula, coincidência ou não, são donos de empresas na área de alimentos.

LOBISTA DO MERENDÃO CITA CAPEZ E FUNCIONÁRIOS DA ALESP COMO SUPOSTOS INTEGRANTES DO ESQUEMA
Carta Capital Online - 02/04/2016
Lobista da máfia da merenda cita Capez como articulador do esquema - por Henrique Beirangê
Marcel Júlio acusou o deputado estadual do PSDB, presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, de integrar o esquema

PROVAS DAS FRAUDES NO MERENDÃO SUMIRAM DA SECRETARIA DA EDUCAÇÃO
G1 - São Paulo - 01/04/2016
Prova que liga servidores à fraude da merenda sumiu, diz corregedor de SP
Documento sobre contrato entre Coaf e governo desapareceu da secretaria.
Educação informou que já abriu procedimento interno para apurar o caso.

CORREGEDOR ARQUIVOU DENÚNCIA CONTRA EX-SECRETÁRIOS DE ALCKMIN SEM QUE AS INVESTIGAÇÕES TENHAM SIDO CONCLUÍDAS
G1 - Ribeirão / Franca - 02/04/2016
Corregedoria arquiva denúncia contra ex-secretários na fraude da merenda
Duarte Nogueira e Herman Voorwald foram citados em delação de suspeitos.
'Lobistas usavam nomes de autoridades indevidamente', explica corregedor

JUSTIÇA MANTÉM PRISÕES 
Estadão - 03/04/2016
Justiça mantém na cadeia quatro presos por fraude na merenda
BEBEDOURO - As sete pessoas que foram presas na segunda fase da Operação Alba Branca, na semana passada, quatro tiveram a prisão prorrogada por mais cinco dias. Já os outros três foram libertados, sendo que dois deles fizeram acordo de delação premiada

EDSON APARECIDO, EX-BRAÇO DIREITO DE ALCKMIN E INVESTIGADO POR ENRIQUECIMENTO ILÍCITO, TINHA COMO CHEFE DE GABINETE  "MOITA", UM DOS SUPOSTOS RECEBEDORES DE PROPINA DO MERENDÃO
G1 - 25/03/2016
Edson Aparecido deixa a chefia da Casa Civil do governo Alckmin
Ele é investigado pelo MP por suposto enriquecimento ilícito.
O secretário-adjunto, Fabrício Cobra, passa a responder pela pasta.

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