sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

02/01/15 - SP pode ter tarifa progressiva de água

Estadão - 02/01/2015 - Página A9
  • Novo secretário propõe tarifa de água progressiva se multa não der certo - Após tomar posse, Benedito Braga afirmou que punição aos ‘gastões’ será intensificada; governo estuda cobrança para estimular a redução do consumo, mas antes vai avaliar os resultados da sobretaxa na conta, que deve começar a valer neste mês
  • Ex-presidente da ANA comandará a Sabesp - Anunciado por Benedito Braga, o engenheiro Jerson Kelman substitui Dilma Pena, que deixou o cargo após quatro anos

Folha - 02/0/12015 - Página C3
Futuro gestor da Sabesp diz que Estado tem de estar 'preparado para o pior'
Escolhido pela gestão de Geraldo Alckmin para dirigir a Sabesp, o ex-presidente da ANA (Agência Nacional de Águas) Jerson Kelman afirma que o Estado tem de estar "preparado para o pior".
"A situação é preocupante, é grave, e nós temos que torcer pelo melhor, mas estar preparados para o pior", disse à Folha.
Em novembro, em entrevista ao jornal "Brasil Econômico", ele havia dito que o governo não atuou da melhor maneira possível e não foi transparente como a gestão Fernando Henrique Cardoso (PSDB) em 2001, época do racionamento de energia. Kelman foi presidente da ANA entre 2001 e 2004.
"O Alckmin deve ter tido suas razões, porque em 2002 quem ganhou as eleições foi o Lula, não o Serra. Esse deve ter sido o raciocínio dele. Mas do ponto de vista de governo, de interesse público, a atuação não foi a melhor, desperdiçou-se água e os reservatórios estão mais vazios que deveriam", disse na entrevista.
Após ser reeleito, Alckmin passou a adotar medidas mais duras para diminuir o consumo, como a sobretaxa para quem aumentar o consumo.
O novo secretário de Saneamento e Recursos Hídricos, Benedito Braga, afirma que vai avaliar o resultado da taxa extra e cogita até adotar medidas adicionais.
Os nomes de Kelman e de Ricardo Borsari, como superintendente do Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica), foram anunciados nesta quinta (1º) por Braga.
A nova equipe vai enfrentar a maior crise hídrica da história do sistema Cantareira. Nesta quinta, o sistema permaneceu estável, com 7,2% de sua capacidade.
Oficiamente, o nome de Kelman ainda tem de passar por um conselho da Sabesp antes de ele assumir o cargo.
Ele deve ser o substituto de Dilma Pena, que se desgastou com a crise.
Kelman é professor de Recursos Hídricos da COPPE-UFRJ. Também foi presidente do grupo Light e diretor-geral da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
A seguir, a conversa dele com a Folha

DEPOIS QUE DEIXOU A PRESIDÊNCIA, A LUCIDEZ DE GESNER OLIVEIRA
Folha - 01/01/2015 - Página B3
Nosso maior manancial é a incompetência, diz consultor
"Acabou o mundo da fantasia", decreta o economista Gesner Oliveira, consultor de recursos hídricos e ex-presidente da Sabesp (2007-2010).
Regiões como a Grande São Paulo, diz ele, vão precisar conviver com um cenário duradouro de escassez.
A reversão, na visão do especialista, não será feita apenas com obras. Diminuição das perdas na distribuição de água e redução de consumo são ações essenciais para que os paulistas tenham alguma segurança hídrica.
Defensor da participação do setor privado no segmento do saneamento básico, ele não vê incongruência em uma empresa de água distribuir lucros para acionistas, como é o caso da Sabesp.
"Há um debate internacional sobre a água como um direito universal, o que não seria compatível com a atividade privada. A população de vários países não tem serviços mínimos porque prevalece uma visão extremamente paternalista ou estadista do assunto", diz ele, para quem há um aspecto positivo da crise: ela é pedagógica para gestores e consumidores.
Leia a seguir trechos da entrevista de Oliveira, que também é professor do Departamento de Planejamento e Análise Econômica Aplicados à Administração da FGV

Uol- 01/01/2015
Em segundo discurso, Alckmin cita brevemente crise de falta de água
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), citou brevemente o incômodo tema da crise de falta de água em discurso durante cerimônia na tarde desta quinta-feira (1º) no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, na zona sul da capital. Pela manhã, o tema foi deixado de lado por ele em pronunciamento na solenidade de posse na Assembleia Legislativa, também na zona sul

SPTV - 1ª Edição - 01/01/2015
Crise da água é um problema e um desafio para o próximo mandato do governador

PERSPECTIVA DE AGRAVAMENTO DA CRISE HÍDRICA EM SP 
Época / Blog do Planeta
Seca sem fim: Cantareira pode sair deste verão pior do que em 2014
Se o nível dos reservatórios subir como na média dos últimos 10 verões, crise da água em São Paulo não passará. Teremos pouco mais do que o volume morto para o abastecimento

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